quinta-feira, 28 de março de 2013
Percurso
Sinuosamente pelo caminho
Dissimulada
Com a voz engasgada
Sem utopia e sem paz
Desarraigada de ideologia
Entranhada de lascívia
Seriam os trópicos?
Esse calor desnudante
Esse balanço natural dos corpos
A malandragem da vida suburbana
Os carros que tentam correr
Carros que tentam andar
Eu parada
As vezes pensando no seu retorno
No seu rosto molhado
Em sua voz por vezes rouca
Suas cobranças
Minha falta de sonhos
pra sonhar
O caminho se estreita
Mudamos de percurso
Cada um no seu rumo
E nessa noite perpétua
Onde o calor sufoca
Penso na saudade...
Não sei o que é isso!
Eleita a mais bela de todas
as palavras
Por mim a mais mal sentida.
Um som de buzina
Preciso prosseguir.
01/09/2009
(Pintura: Leonid Afremov - Rain Princess)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário