Eu nunca me dei demais
Eu nunca me perdoei o bastante
Eu sempre fui fiel por instantes
E por instantes me guardei de mim
Em uma eterna caminhada errante
Fiz do próximo o distante
Me distraí com mentiras
E caí em armadilhas
Liberta do apego ao nada
Fugindo daquilo que nunca me quis
Pedi a morte como uma alma atormentada
Fingindo que era feliz
Mesmo estando acorrentada
Costurei sem dor essa cicatriz.
14/04/2008
(Pintura: Mark Ryden - Rose)
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