Enfadada
Derramando
Alma adentro
poesias
angustiadas
Sem nunca
escrevê-las
Tentando
sofregamente
A libertação...
Mas são muitas
penas
muitas
mágoas
Uma alma
que é a
própria
Muralha
de Jerusalém
nos tempos de
Esdras
e Neemias
Fendida
Despedaçada
Como poderá haver
uma reconstrução?
São muitas
as minhas
falhas.
São muitas
as minhas
falhas.
A vida
é a própria
Ilusão
E às vezes
a fé
mais parece
Uma fuga
de ventos
Mas
como não sei
de onde
Nascem
ou onde
Morrem
os ventos
Tenho fé
que minha
Fé em Deus
ainda os fará
Soprar
Soprar
Onde eu
os possa
Alcançar
e lá
Descansar
de toda
essa
Tormenta.Pois minha
alma
já não aguenta.
Tudo o que
preciso
É de ventos de
Consolação
Que aplaquem
minha desolação...
E me ajudem
a suportar
tanta aflição.
Pintura: John Everett Millais - Ophelia (1852)
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